sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cannes 2009

Acontece até o próximo dia 24 de maio, na riviera francesa, a 62ª Edição do Festival de Cannes. Cenário deslumbrante, tradição e a "nata" do cinema mundial. Diferente da desconfiança e picaretagem que cercam o Oscar (e um glamour mais nobre e menos afetado), Cannes tem tradição de ser o festival que melhor representa o cinema dito de arte. São figuras carimbadas por lá diretores de diferentes nacionalidades e que costumam frequentar os maiores festivais de cinema do mundo.
Especialmente nesse, não há muito espaço para novatos. Estão lá Ken Loach com seu "À Procura de Eric", estrelado pelo ex-craque do Manchester United Eric Cantona, Park Chan-Wook (que já ganhou por Oldboy) com seu filme sobre um padre-vampiro "Bak-Jwi", Jane Campion, que em 1993 venceu com "O Piano", volta com "Bright Star", Quentin Tarantino (que levou um chute direto para o sucesso no Festival em 1994, com seu Pulp Fiction, trazendo junto um esquecido John Travolta) apresenta seu filme sobre nazismo em Bastardos Inglórios, entre outros.
Há ainda o monumento Alan Resnais com seu filme Les Herbes Folles.
É dito que esta edição de Cannes traz temas extremamente sombrios. Além do filme de Chan-Wook, Lars Von Trier traz Anticristo, Johnnie To apresenta Vengeance, Sam Raimi da uma folga ao Homem-Aranha e volta aos tempos de Evil Dead, mostrando seu Drag Me To Hell, além de Michel Haneke, diretor do perturbador Violência Gratuita e de Caché, que traz "Das Weisse Band".
Na mostra Um Certo Olhar (dedicada a novos realizadores), Heitor Dhalia (Nina, O Cheiro do Ralo) chega envolto a expectativas com seu filme "À Deriva", que conta com Débora Bloch e o ator francês Vincent Cassel.
Francis Ford Copolla, esnobado pela competição principal, apresenta "Tetro" na Quinzena dos Realizadores, alegando uma "volta às origens" de seu cinema independente. (sei...)
A seguir, a programação oficial de Cannes 2009:

Filme de Abertura: "Up" de Peter Docter (fora de competição)

Filme de encerramento: "Coco Chanel et Igor Stravinsky" de Jan Kounen (fora de competição)

Seleção oficial dos filmes que concorrem à Palma de Ouro

-- "Los Abrazos Rotos" de Pedro Almodovar (Espanha)

-- "Fish Tank" de Andrea Arnold (Inglaterra)

-- "Un Prophete" de Jacques Audiard (França)

-- "Vincere" de Marco Bellocchio (Itália)

-- "Bright Star" de Jane Campion (Nova Zelândia)

-- "Map of the Sounds of Tokyo" de Isabel Coixet (Espanha)

-- "A l'Origine" de Xavier Giannoli (França)

-- "Das Weisse Band" de Michael Haneke (Alemanha)

-- "Taking Woodstock" de Ang Lee (Taiwan-EUA)

-- "Looking for Eric" de Ken Loach (Inglaterra)

-- "Spring Fever" de Lou Ye (China)

-- "Kinatay" de Brillante Mendoza (Filipinas)

-- "Soudain le Vide" de Gaspar Noe (França)

-- "Bak-Jwi" de Park Chan-wook (Coreia do Sul)

-- "Les Herbes Folles" de Alain Resnais (França)

-- "The Time That Remains" de Elia Suleiman (Palestina)

-- "Inglourious Basterds" de Quentin Tarantino (EUA)

-- "Vengeance" de Johnnie To (Hong Kong)

-- "Visages" de Tsai Ming-Liang (Malásia)

-- "Antichrist" de Lars von Trier (Dinamarca)

Fora de competição

-- "The Imaginarium of Doctor Parnassus" de Terry Gilliam (EUA)

-- "Agora" de Alejandro Amenabar (Espanha)

-- "L'Armee du Crime" de Robert Guediguian (França)

Sessões da meia-noite

- "A town called panic" de Stéphane Aubier e Vincent Patar (Bélgica)

- "Drag me to hell" de Sam Raimi (EUA)

- "Ne te retourne pas" de Marina de Van (França)

Sessões especiais

- "My neighbor, my killer" de Anne Aghion (França)

- "Manila" de Adolfo Alix Jr e Raya Martin (Filipinas)

- "Min ye" de Souleymane Cisse (Mali)

- "L'épine dans le coeur" de Michel Gondry (França)

- "Petition" de Zhao Liang (China)

- "Kalat Hayam" de Keren Yedaya (Israel)

Indicados do "Un certain regard"

- "Mother" de Bong Joon Ho (Coreia do Sul)

- "Irène" de Alain Cavalier (França)

- "Precious" de Lee Daniels (EUA)

- "Demain dès l'aube" de Denis Dercourt (França)

- "À deriva" de Heitor Dhalia (Brasil)

- "Kasi az gorbehaye irani khabar nadareh" de Bahman Ghobadi (Irã)

- "Los viajes del viento" de Ciro Guerra (Colômbia)

- "Le père de mes enfants" de Mia Hansen-Love (França)

- "Amintiri din epoca de aur" de Hanno H¶fer, Razvan Marculescu, Cristian Mungiu, Constantin Popescu e Ioana Uricaru (Romênia)

- "Skazka pro temnotu" de Nikolay Khomeriki (Rússia)

- "Dogtooth" de Yorgos Lanthimos (Grécia)

- "Tzar" de Pavel Lunguin (Rússia)

- "Independencia" de Raya Martin (Filipinas)

- "Politist, adjectiv" de Corneliu Porumboiu (Romênia)

- "Nang mai" de Pen-Ek Ratanaruang (Tailândia)

- "Morrer como um homem" de Joao Pedro Rodrigues (Portugal)

- "Eyes wide open" de Haim Tabakman (Israel)

- "Samson and Delilah" de Warwick Thornton (Austrália)

- "The silent army" de Jean Van de Velde (Holanda)

- "Air Doll" de Hirokazu Kore-Eda (Japão)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário