segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Feliz ano velho

a_felicidade_nao_compra


 


Mais um ano cinéfilo chegou ao fim. Foram cerca de 238 filmes que assisti em 2008, entre cinema, televisão, VHS (ainda não aposentei o meu), DVD e outras formas que acabo inserindo em uma das anteriores. Trabalho com uma tabela de registro desde 2005 e, desde então, ano-a-ano o número de filmes vem aumentando, mas não pretendo passar muito da média atual.


Fico com a impressão que 2008 não foi um ano com muitas opções memoráveis no cinema, ao menos, não como a sensação dos anos anteriores. Sendo assim, foi um ano para descobrir circuitos alternativos e investir nos meios caseiros (DVD, VHS e PC). Felizmente, dessa busca, foi possível me aproximar enfim de cinematografias obrigatórias de personagens centrais na história do cinema, coisa que vinha tendo dificuldades por ter de dividir o tempo com os trabalhos e pesquisas da faculdade. Mas foi mesmo a partir dessas pesquisas que, o que era opção, se tornou uma obrigação para, em seguida, se tornar uma necessidade. Com prazer me aproximei de Godard, Glauber, Antonioni, e tantos outros para conferir seus trabalhos. Um estudo sobre as vanguardas européias me auxiliou a entender melhor a linha do tempo cinematográfica e os acontecimentos que pontuaram essa história. Entender as diferenças essenciais entre Vertov e Eisenstein no construtivismo russo, o impressionismo francês,o expressionismo alemão, a trinca neo-realismo italiano/ nouvelle vague francesa / cinema novo brasileiro e de outras nacionalidades, Hollywood, apenas para ficar em alguns temas. Evidente que a intenção era sempre observar e entender seus processos, e não gostar de tudo o que me foi apresentado. É curioso notar que houve vários trabalhos e movimentos com os quais não consegui obter interesse ou identificação apesar da necessidade de estudá-los (não consigo me dobrar a Fellini, Truffaut é absurdamente irregular e, por mais que eu goste de Wenders, tendo a achar que, ao menos a partir da última década e meia, ele é superestimado). Mas é exatamente essa diversidade que alimenta a vontade de continuar a estudar e fazer cinema.


Foi também um ano de descobertas, confirmações e paixões. Ótimas descobertas de nomes do documentário como Eduardo Coutinho e Andrea Tonacci; de confirmações dos cinemas de Paul Thomas Anderson e do cinema nacional e, finalmente, paixão pelo cinema de Resnais e Wong Kar-Wai, cineastas que fazem parte de minha pesquisa acadêmica sobre o espectador.


Enfim, há muito que dizer sobre o cinema do ano de 2008 e, ao longo deste ano, eu poderei retomar pontos importantes e escrever sobre os mesmos de maneira mais aprofundada.


A seguir, um texto que sobre a dublagem e uma retrospectiva pessoal, mês-a-mês, sobre os filmes de 2008.


Muito cinema para todos nós em 2009. ^_^

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