quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Retrospectiva 2008 - primeira parte

A retrospectiva a seguir se refere a alguns destaques conferidos no ano de 2008. Como assisti a uma grande quantidade de filmes (mais de duzentos), muitos ficarão pelo caminho, mas, como eu não ficaria satisfeito em falar apenas sobre o que foi visto no cinema, apenas citarei algumas produções que me causaram algo, sejam para o bem ou para o mal, assistidas em todas as mídias. A seleção não segue preferência. Espero que te ajude ou inspire a curiosidade na hora de ir atrás de algum filme. Bom, tirem os sapatos e vamos entrando na Mansão Roswell.


Janeiro


O ano começou divagar. O primeiro filme do ano foi Extermínio 2. No cinema, o campeão de audiência Meu Nome Não é Johnny e o filme burocrático de Ridley Scott O Gângster. Em Paris foi só o início da minha opinião de que Christophe Honoré é um picareta. Felizmente, houve boas opções como Felicidade (Todd Solondz), o interessante Maria (Abel Ferrara), uma quase cinebiografia de Brian Jones em Stoned (Stephen Woolley e que assisti no mesmo dia da morte de Heath Ledger) e o fantasmagórico O Sétimo Selo (Ingmar Bergman).


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Fevereiro


Mês de entrega de Oscar, foi hora de tentar conferir os cavalos da frente da disputa que faltavam (alguns eu já assistira no final de 2007). Teve a apaixonante Juno (Jason Reitman), mais do mesmo da dupla Tim Burton/Johnny Depp no superestimado Sweeney Todd, mais do mesmo da dupla David Cronenberg/Viggo Mortensen no ótimo Senhores do Crime e a dupla de filmes que deixava todos os outros no chinelo e deve ter causado dores de cabeça nos votantes, Onde Os Fracos Não Tem Vez (Ethan e Joel Coen) e Sangue Negro (Paul Thomas Anderson). Provavelmente, no futuro, esses trabalhos receberão um parágrafo a parte. Destaque ainda para Bagdad Café (Percy Adlon), Uma Verdade Inconveniente (Davis Guggenheim) e Operação França (William Friedkin).


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Março


Março foi um bom mês. No cinema, a inspirada e trágica história de Chistopher McCandless em Na Natureza Selvagem (Sean Penn), a boa reflexão que termina como drama adolescente Persépolis (Marjane Satrapi), o nostálgico Chega de Saudade (Laís Bodanzky) e a excelente homenagem à Bob Dylan Não Estou Lá (Todd Haynes). Ainda pude conferir o belíssimo O Castelo Animado (Hayao Miyazaki) em uma mostra do CCBB. As Amigas (Michelangelo Antonioni) fez parte de minha busca por entender a mente desse cineasta e mergulhei de vez no universo “Wong Kar-Waiano” com Dias Selvagens.


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Abril


Em abril assisti a um ótimo documentário sobre nomes importantes da ficção científica do século XX, Sci-Fi Boys (Paul Davids). Houve ume dobradinha Jim Jarmush com Daunbailó e Dead Man. No cinema, o tocante A Família Savage (Tamara Jenkins), o primeiro filme americano de Wong Kar Wai, Um Beijo Rodado, o um pouco decepcionante O Passado (Hector Babenco), o excelente e musicalmente grudento pequeno grande filme Apenas Uma Vez (John Carney) e o triunfo de Downey Jr. e da Marvel transformando um de seus personagens mais chatos (opinião que só aumentou na saga Guerra Civil) em um divertido filme, cheio de b om humor e ação em Homem de Ferro (John Favreau).


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Maio


No mês das noivas, os olhos do mundo começavam a se voltar para os lançamentos do verão americano. Faculdade a todo o vapor, foi hora de mesclar produções. As menções ficam para o clássico expressionista O Gabinete do Dr.Caligari (Robert Wiene), o preguiçoso-e-frustrante-mas-com-boas-atuações O Sonho de Cassandra (Woody Allen), o segundo longa de Wes Anderson, Rushmore, o inesquecível Amores Expressos (Wong Kar Wai), mais um Jarmush com Sobre Café e Cigarros, o rechaçado por todos Speed Racer (Irmãos Watchowski), o irregular mas interessante Three Times (Hou Hsiao-hsien), o obrigatório Deus e o Diabo na Terra do Sol (Gauber Rocha), a cinebiografia de Ian Curtis Control (Anton Corbijn), o filme pós-trilogia da vingança de Chan Wok Park, I´m A Cyborg, But That´s Ok e o retorno de um certo sessentão em Indiana Jones e a Caveira de Cristal (Steven Spielberg).


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Junho



Junho começou muito bem com Eduardo Coutinho em Cabra Marcado Para Morrer e hora de rever Um Homem Com a Camera (Dziga Vertov). Teve o tocante Longe Dela (Sarah Polley) e o outro filme sobre irmãos Antes que o Diabo Saiba Que Você Está Morto (Sidney Lumet). Completando os destaques, O Ano Passado Em Marienbad (Alan Resnais), Uma Mulher é Uma Mulher (Jean-Luc Godard, ah Anna Karina...), A Noite (Michelangelo Antonioni) e enfim consegui assistir a O Balconista (Kevin Smith).

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2 comentários:

  1. Paulo, não vale os filmes da que a Jane passou, pois você ía ver de qualquer jeito! hauhau
    Só vi o filme da Xuxa...

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  2. Mas não tem indicação da Jane aí...

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