domingo, 18 de janeiro de 2009

Retrospectiva 2008 - segunda parte

Por alguns problemas técnicos, esse post vai sem imagens. Ficarei devendo desta vez.   ;-)


Julho


Livro de Cabeceira (Peter Greenway) deu inicio aos filmes do mês de férias. Em seguida, Carlitos encontra 2001: Uma Odisséia no Espaço na obra-prima da Pixar, Wall-E (Andrew Stanton). O visceral Cidade Baixa (Sérgio Machado) e o excelente O Prisioneiro da Grade de Ferro (Paulo Sacramento) foram os destaques nacionais. Para completar, o tocante O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel), o melancólico Morangos Silvestres (Ingmar Bergman) e o maior sucesso comercial do ano Batman – O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan).



Agosto


O mês do meu aniversário foi um mês de clássicos. Começou com O Anjo Exterminador (Luís Buñuel), seguiu com Manhattan (Woody Allen), o decepcionante Os Bons Companheiros (Martin Scorcese), o comovente neo-realista Ladrões de Bicicleta (Victorio De Sicca), o, por ora, meu filme favorito de Glauber Rocha, Dragão da Maldade, mais um Bergman em Gritos e Sussurros. Menção para outro filme nostálgico como Chega de Saudade, mas desta vez vindo da França, Quando Estou Amando (Xavier Giannoli), para o interessante Time (Kim Ki-Duk) e para o melodramático musical de Lars Von Trier, Dançando no Escuro.



Setembro


Mês de mostras e do novo de Fernando Meirelles agitaram setembro. Da retrospectiva Alain Resnais – A revolução discreta da memória, pérolas como Providence, Muriel ou o Tempo de um Retorno e A Guerra Acabou fizeram-me entender e admirar ainda mais o diretor dos obrigatórios Hiroshima, Mon Amour e o Ano Passado em Marienbad. A mostra Oriente Desconhecido (também realizada no CCBB de São Paulo) reuniu um pouco do trabalho de diretores relevantes da cinematografia asiática. Pude conferir Xiao Wu – Artisan Pickpocket (Jia Zhang-ke), All Tomorrow´s Parties (Yu Lik-Wai) e na primeira semana de outrubro ainda assisti a Samaria (Kim Ki-duk) e Tropical Malady (Apichatpong Weerasethakul). Houve a estréia de filmes de dois dos principais diretores nacionais, o “sem alma” Ensaio Sobre a Cegueira (Fernando Meirelles) e o bom Linha de Passe (Walter Salles). Direto de outra mostra, o insano e brilhante Império dos Sonhos (David Lynch). Lembranças do divertido filme de monstro coreano O Hospedeiro (Joon-ho Bong), de Baixio das Bestas, filme de Cláudio Assis parecido com Amarelo Manga e que novamente não consegui gostar e, por fim, do ótimo documentário Joy Division (Grant Gee).



Outubro


Mês da excessivamente cara Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mim, mês da última parte da trilogia da incomunicabilidade de Antonioni, A Noite; de dobradinha Michael Haneke com Cache e Funny Games (original e não a refilmagem) de dobradinha François Truffaut com Jules e Jim e Fahrenheit 451; de conferir o péssimo e constrangedor segundo filme de Richard Kelly depois do cult Donnie Darko, Southland Tales; do ótimo Estômago (Marcos Jorge), do superestimado Canções de Amor (Christophe Honoré); do profundo Felizes Juntos (Wong Kar-Wai); do excelente e clássico A Regra do Jogo (Jean Renoir); de mais um Resnais com Meu Tio da América; do ótimo Na Mira do Chefe (Martim McDonaugh); Julieta dos Espíritos (Federico Fellini) e dois filmes direto da mostra: o engraçadíssimo Segurando As Pontas (David Gordon Green) e A Festa da Menina Morta (Mateus Nachtergaele, sobre o qual eu já escrevi aqui).



Novembro


Novembro foi um mês curto em filmes pela proximidade do final de ano, mas houve boas opções. As lembranças do cinema ficam por conta de Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen voltando a forma) e do primeiro e muito bom filme de estréia de Selton Mello na direção, Feliz Natal. No mais, Terra em Transe (de Glauber Rocha), o interessante Estamos Bem Mesmo Sem Você (Kim Rossi Stuart) e dois excelentes filmes: Sindicato de Ladrões (Elia Kazan) com um gigantesco Marlon Brando e o documentário obrigatório Serras da Desordem do cineasta Andrea Tonacci.



Dezembro


O último mês do ano começou muito bem com Pierrot Le Fou, de Jean-Luc Godard, que também apareceu com sua versão dos filmes de ficção científica em Alphaville. No cinema, o novo e divertido dos irmãos Coen, Queime Depois de Ler, Leonera (Pablo Trapero), o espanhol de trash REC (Jaume Balagueró e Paco Plaza), Romance (Guel Arraes) e o novo de Philippe Garrel, A Fronteira da Alvorada. Espaço ainda para Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder, já comentado aqui), o lindo Meu Amigo Totoro (Hayao Miyazaki), o clássico de ficção cientifica de 1951, O Dia Em Que a Terra Parou (Robert Wise), Sr. Vingança (Chan Wok Park), Festim Diabólico (Alfred Hitchcock), o filme natalino definitivo que não poderia faltar nessa época A Felicidade Não Se Compra (Frank Capra) e terminei o ano com o último filme de Robert Altman, A Última Noite.




Esses foram alguns dos destaques que conferi durante o ano. Muita coisa boa e ruim ficou de fora. Para o próximo ano, eu pensarei em uma nova forma de “listar” esses destaques.



Bom, até mais.

Um comentário:

  1. Peraí que eu vou ali me matar e já volto...
    Pra não dizer que não vi nada, vi "Baixio das Bestas", "Linha de Passe" e "Serras da Desordem" no 2º semestre de 2008. Curiosamente, todos nacionais.

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